Cindy Sherman
Cindy
Sherman
Tive o privilégio de ver uma exposição na National Portrait Gallery, em
Londres, sobre o trabalho da Cindy Sherman, uma das fotógrafas mais
respeitadas do final do século XX. Ela se auto fotografa para questionar uma
variedade de questões. Através da fotografia, Sherman levantou questões
desafiadoras e importantes sobre o papel e a representação das mulheres na
sociedade, a mídia e a natureza da criação da arte.
Cindy Sherman estabeleceu sua reputação e uma marca inédita de
auto-retrato com seu "Untitled Film Stills" (1977-80), uma série de
69 fotografias da artista encenando clichês femininos da cultura pop do século
XX.
Para que uma fotografia seja considerada retrato, o artista deve ter a
intenção de retratar uma pessoa específica e real. Sherman comunica
cuidadosamente ao espectador que essas obras não devem representá-la como a
pessoa. Ao intitular cada uma das fotografias "Sem título" e numerá-las,
ela despersonaliza as imagens.
Confesso que até aquele momento não curtia o trabalho dela porque
pensava somente no “belo”, e a beleza das fotos dela está no propósito, na
mensagem através de cada imagem, ao provocar questionamentos...
Nos faz pensar no quanto o sentido da visão pode ser manipulado, o
quanto vivemos na era da imagem e na influência que tudo isso tem sobre nós!
Basta pensarmos na vida perfeita, até mesmo “fake” que vemos nas mídias sociais,
e no uso abusivo dos filtros e do photoshop.
Como é difícil saber exatamente a veracidade das informações que
circulam, não sei de quem é a frase, mas acredito muito nisso:
“Não nascemos para sermos perfeitos, mas para sermos reais!”
Fontes:
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